TORRES DE RESFRIAMENTO FUNCIONAMENTO

Torres de resfriamento ou arrefecimento são equipamentos utilizados para resfriar um fluxo de água, aquecido no processo de transferência da energia térmica rejeitada em um processo industrial, de seu ponto de origem para o meio ambiente. Este resfriamento e alcançado principalmente por evaporação de parte deste fluxo de água.
Nas torres que funcionam com o movimento natural do ar este circula por seu interior no sentido horizontal, enquanto a água é borrifada e gotejada ou borrifada sobre um enchimento que pode ser de madeira, plástico, ou material cerâmico. Nas torres onde a circulação de ar é forçada, um ventilador centrífugo insufla o ar sob pressão, em contra corrente com a direção de queda d'água. Quando o ventilador é colocado no topo da torre para prevenir a recirculação de ar úmido quente tem-se o que se chama de torre de ar induzido.
A pulverização da água assegura a formação de uma grande superficie de troca com o ar que flui por dentro da torre. O calor é transferido para o ar aumentando suas temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido e seu teor de umidade. A evaporação de uma pequena porção do fluxo de água resfria então a água.
Uma configuração de torre comum em aplicações de usinas termoelétricas de grande capacidade é a de forma hiperbólica, lembrando uma chaminé com 50 a 100m de altura onde o escoamento do ar ocorre por convecção natural.
Em geral, as torres trabalham com diferenças de temperatura do fluxo de água a ser resfriado, da ordem de 5,5 °C, entre 35°C na entrada e 29,5 °C na saída.
Além das perdas por evaporação, cerca de 2% do volume que circula pela torre, ocorrem também perdas por arraste, que podem chegar a 1 % deste mesmo volume e as perdas por "blow down". Estas variam em função da quantidade de sais dissolvidos na água e decorrem da necessidade de reduzir-se sua concentração, crescente com a evaporação, principalmente CaC03, para prevenir sua precipitação sobre as superficies de troca, isolando¬-as e reduzindo drasticamente a capacidade de transferência de calor das mesmas.
O volume de água perdido é continuamente reposto de forma a manter-se o volume total para resfriamento.
Este consumo d'água pode ser um uma limitação importante à aplicação de um processo industrial, especialmente em regiões onde o suprimento d'água é restrito e/ou seu custo extremamente elevado.