Aplicação técnica de um compressor de refrigeração


Os compressores são utilizados para  duas classes de sistemas e são denominados:

LST – Baixo Torque de Partida, empregado em sistemas com capilar.
Ex.: Refrigeradores, Freezers, Balcões Comerciais, Bebedouros e Refresqueiras.

HST– Alto Torque de Partida, empregado em sistemas com válvulas de expansão convencional.
 Ex.: Balcões Comerciais, Expositores, Refrigeradores para Açougue e Câmaras Frigoríficas.

Definição da faixa de aplicação de compressores

HBP – Alta Pressão de Retorno
(Temperaturas de evaporação de –5°C até +15°C)
         Ex.: Desumidificadores, Refresqueiras, Bebedouros e condicionadores de ar.

MBP – Média Pressão de Retorno
(Temperaturas de evaporação de –30°C até 0°C)
         Ex.: Balcões Comerciais e Bebedouros.

LBP – Baixa Pressão de Retorno
(Temperaturas de Evaporação de –40°C até –10°C)
         Ex.: Freezers, Refrigeradores e câmaras frigoríficas para congelados.


         Sempre que se desejar substituir um compressor é muito importante verificar qual era o compressor original, pois as condições de funcionamento de um compressor podem variar de acordo com cada projeto (equipamento).

O que é compressor utilizado no sistema de refrigeração?



É o coração do sistema de refrigeração independente de seu modelo ou capacidade. É responsável pela circulação do fluido refrigerante no interior do sistema de refrigeração ou sistema de climatização.

Classificação dos compressores:

COMPRESSOR TIPO ALTERNATIVO: Esse tipo de máquina se utiliza de um sistema biela-manivela para converter o movimento rotativo de um eixo no movimento translacional de um pistão ou embolo. Dessa maneira, a cada rotação do acionador, o pistão efetua um percurso de ida e outro de vinda na direção do cabeçote, estabelecendo um ciclo de operação.

COMPRESSOR TIPO ROTATIVO: O sistema rotativo é composto por um rolete que gira em movimento excêntrico dentro de um cilindro, formando duas câmaras (sucção e descarga), separadas por uma palheta. A sucção e a compressão do fluido refrigerante ocorrem ao mesmo tempo e de forma contínua, proporcionando melhor desempenho e menor nível de ruído e vibração.
Diferentes dos alternativos, a carcaça do compressor rotativo suporta o gás de descarga de alta pressão. O gás de sucção é puxado diretamente para dentro do cilindro do corpo, sendo comprimido e então descarregado na carcaça do compressor. Assim, o fluido refrigerante em alta pressão e alta temperatura, torna a carcaça do compressor rotativo mais quente.

COMPRESSOR TIPO PARAFUSO: Esse tipo de compressor possui dois rotores em forma de parafusos que giram em sentido contrario, mantendo entre si uma condição de engrenamento, O gás penetra pela abertura de sucção e ocupa os intervalos entre os filetes dos rotores. A partir do momento em que há o engrenamento de um determinado filete, o gás nele contido fica encerrado entre o rotor e as paredes da carcaça. A rotação faz então com que o ponto de engrenamento vá se deslocando para a frente, reduzindo o espaço disponível para o gás e provocando a sua compressão. Finalmente, é alcançada a abertura de descarga, e o gás é liberado.

COMPRESSOR TIPO SCROLL: Os compressores scroll, como outras tecnologias rotativas requerem poucas partes móveis em comparação com os compressores a pistão. Devido a baixa velocidade de deslizamento em todos os pontos de contato, o mecanismo de precisão e as tolerâncias ajustadas dos elementos do scroll, elimina, assim, a necessidade de usar um grande volume de óleo para esta função. A proximidade entre as espirais também tem a vantagem de eliminar os espaçamentos e reduzir fugas, sendo possível criar compressores de alto rendimento ao mesmo tempo em que apresenta um menor deslocamento. Isto está em contraste direto com compressores a pistão, onde as proporções de fuga superiores (menor rendimento) se compensam usando deslocamentos maiores.
São compressores silenciosos e de baixa vibração; seu nível de ruído é relativamente independente da pulsação do gás e está mais associado com seus dispositivos mecânicos.

COMPRESSOR TIPO CENTRÍFUGO: Construtivamente, o compressor centrífugo se assemelha à bomba centrífuga. O fluido penetra pela abertura central do rotor e, pela ação da força centrífuga, desloca-se para a periferia. Assim, as pás do rotor imprimem uma grande velocidade ao gás e elevam sua pressão. Do rotor o gás se dirige para as pás do difusor ou para uma voluta (concha formada  por espiras muito curtas), onde parte da energia cinética é transformada em pressão. Em casos onde a razão de pressão é baixa, o compressor pode ser construído com um só rotor, embora na maioria das máquinas se adote compressão em múltiplos estágios.

 

CICLO BÁSICO DE REFRIGERAÇÃO

O fluído refrigerante entra no evaporador em estado líquido; troca calor com os alimentos e se evapora; em seguida, é succionado pelo compressor em estado gasoso e baixa pressão. É comprimido para o condensador em estado gasoso e alta pressão. Passando pelo condensador, até encontrar o filtro  e o dispositivo de expansão que provocará um aumento de pressão e consequentemente alteração no ponto de ebulição do gás refrigerante, que através da troca de calor com o ambiente se liquefaz, e reiniciando todo o processo novamente.

Fluido refrigerante


É a substância que, ao evaporar, absorve calor de um ambiente ou meio. 
O processo de resfriamento é chamado sensível quando altera apenas a temperatura do agente refrigerante.
Quando fluido refrigerante muda de estado líquido para vapor, o resfriamento é chamado de latente.
Na prática, os agentes refrigerantes que resfriam pela absorção de calor sensível são: água, ar, salmoura, cálcio e etc.
E aqueles que resfriam pela absorção latente são muito utilizados nos sistemas de refrigeração.

Tipos de fluidos refrigerantes usado nos sistemas de refrigeração

CFC- São moléculas formadas pelos elementos cloro, flúor e carbono. Os CFCs destroem a camada de ozônio. Esta sendo danificada permite que raios ultravioletas do sol alcancem a superfície da terra causando um aumento nos casos de câncer de pele, danos aos olhos, enfraquecimento do sistema imunológico e podem também danificar a produção agrícola e a vida marinha. As indústrias químicas nacionais e internacionais deixaram de produzir os CFCs. Hoje é uma substância controlada pelo IBAMA.

HCFC-  utilizado em: ar condicionado de janela e split, self, câmaras frigoríficas e diversos equipamentos de refrigeração. Exemplos: R-22, R-141b, etc.


HFC- Utilizado em: ar condicionado automotivo, refrigeração comercial, refrigeração doméstica e refrigeração industrial. Exemplos: R-134ª , R-404ª , R-407C e etc.

O que são Motores monofásicos?


São aqueles para serem ligados a rede monofásica. De acordo com suas ligações, poderão ser ligados em 110 volts ou 220 volts conforme plaqueta de identificação do fabricante.

São constituídos de um estator e rotor:

Estator é parte fixa do motor, que não gira. É responsável pela criação de um campo magnético que influência o motor.

Rotor é parte giratória do motor. É formado por um pacote de finas lâminas de ferro com silício, seu eixo é de aço e os extremos são apoiados em rolamentos ou buchas.


Componentes elétricos de apoio utilizados na Refrigeração e Climatização

Pressostatos de baixa e alta pressão: são dispositivos eletromecânicos utilizados para monitorar as pressões do lado de alta e baixa nos sistemas de refrigeração.
São dotados de jogos de contatos elétricos que abrem ou fecham em função da atuação mecânica resultante do aumento ou diminuição da pressão do gás refrigerante sobre um diafragma.

Contatores (Chaves Magnéticas): É uma chave eletromagnética de comando indireto, isto é, sua utilização permite colocar e/ou retirar de funcionamento elementos ou cargas, podendo realizar esta operação no local da instalação ou à distância, de um ou mais locais.
Funcionamento
É dotado de um jogo de contatos elétricos fixos e móveis que abrem e/ou fecham em função da ação magnética de uma bobina sobre um núcleo móvel onde estão fixados os contatos móveis


Relés térmicos (Sobrecargas):
São dispositivos eletrônicos ou eletromecânicos que tem como principal finalidade a proteção de cargas elétricas contra os efeitos da sobrecarga de curta ou longa duração,  falta de fase e rotor bloqueado.
São fabricados para serem acoplados diretamente através de pinos que encaixam nos contatos 2(T1), 4(T2), 6(T3) dos contatores de força empregados no acionamento de cargas.

Relé Falta de Fase:
Os relés falta de fases atuam nos sistemas de comando na proteção de motores contra os efeitos nocivos da falta de fase e/ou neutro e assimetria entre fases. A sensibilidade do grau de assimetria entre é ajustável através de um botão de ajuste no seu knob frontal. Possuem contatos elétricos comutadores (11, 12 e 14) comandados pelos seus circuitos eletrônicos que abrem ou fecham em função de sua proteção.


Seguranças Fusíveis Tipo NH e Diazed
São dispositivos destinados a limitar a corrente de um circuito, interrompe-la, em casos de curtos-circuitos ou sobrecargas de longa duração.

Disjuntores
São dispositivos de manobra e proteção, dotados de um relé termomagnético, com capacidade de ligação e interrupção sob condições anormais do circuito.

Chaves auxiliares tipo botoeiras
São chaves de comando Manuel cuja função é interromper ou estabelecer
momentaneamente, por pulso, um circuito de comando, para iniciar,
interromper ou continuar um processo de automação.

Controlador de temperatura

Os controladores ou microprocessadores são equipamentos que integram o
circuito de comando de alguns sistemas de refrigeração. Versáteis e práticos
podem fazer o monitoramento da instalação com armazenamento de dados,
controlar o tempo de operação controlar o tempo de operação do sistema, o
desempenho da máquina e temperatura do produto.

Pressostato de óleo : interromper o circuito, caso haja deficiência na lubrificação do compressor. Ele controla a diferença de pressão entre o cárter e a saída da bomba de lubrificação.


Padrão de Entrada de Energia Elétrica

TIPOS DE LIGAÇÕES
Monofásica
Dois Fios (1 Fase e 1 Neutro)

Bifásica
Três Fios (2 Fases e 1 Neutro)

Trifásica
Quatro Fios (3 Fases e 1 Neutro)


A GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Atualmente, o homem se utiliza uma série de formas para produzir energia Elétrica. Estas provêm de fontes não renováveis (geradas por recursos naturais finitos, como combustíveis fósseis) e fontes renováveis (aquelas que se reconstituem espontaneamente ou por práticas de conservação, como o ar, a água e a luz solar).

ENERGIA HIDRÁULICA é responsável por 95% da energia elétrica no Brasil; Usinas com Reservatórios de acumulação e Usinas a Fio d’Água; Sistemas de transmissão Interligados Usinas geradoras acumulam o combustível; Energia elétrica é produzida no momento do uso; Fornecimento continuo e ininterrupto. O consumo de Energia elétrica cresce de 3 a 5%aa.

O que é choque elétrico?


É uma perturbação acidental que se manifesta no organismo humano, quando percorrido por uma corrente elétrica.
Dependendo da intensidade da corrente elétrica no corpo humano pode até levar a morte.

O que é Aterramento?


 É um condutor ligado à terra por intermédio de um eletrodo de aterramento ou dispersor de terra, aço coberto de cobre (haste de aterramento), para a proteção humana, PE.
Conforme a ABNT, (NBR – 5410) BT, o condutor terra é na cor verde ou verde tarjado de amarelo.
Em alguns equipamentos o aterramento é feito através de tomada 2P + T, com ”plug” de três Pinos (tripolar), sendo duas para energia e a terceira para o aterramento, neste caso o aterramento está em todo o sistema.




LEI DE OHM

Definição da 1ª Lei de Ohm

“A intensidade da corrente elétrica num condutor é diretamente proporcional  à força eletromotriz (f.e.m.) e inversamente proporcional à sua resistência elétrica.” 

Eis as equações que corresponde à Lei de Ohm:

I = E
     R

E = I.R

R = E
       I
I = Corrente elétrica em Ampéres (A).
E = Tensão Elétrica em Volts (V).
R  = Resistência elétrica em Ohm (W).


GRANDEZAS ELÉTRICAS


Tensão elétrica
Corrente elétrica
Resistência elétrica
Potência elétrica

Tensão elétrica:   É a diferença de potencial elétrico (d.d.p.) existente entre dois pontos distintos do circuito. 
Tensão elétrica (E ou U)
 Unidade de medida:  Volt (V).
Instrumento de Medida:  Voltímetro.

Corrente elétrica:    É o movimento ordenado de cargas elétricas negativas através de um condutor.
Corrente elétrica (I)
Unidade de medida: Ampére (A).
Instrumento de Medida:  Amperímetro.

Resistência elétrica:     É  a oposição que um material oferece à passagem da corrente elétrica.
Resistência  elétrica (R)
 Unidade de medida: Ohm (W)
Instrumento de Medida: Ohmímetro. Meghômetro.

Potência elétrica:     É a quantidade de trabalho elétrico realizado na unidade de tempo. (consumo). 
Potência  elétrica (P)
Unidade de medida:  Watts (W); (VA).

Instrumento de Medida: Wattímetro.

O que é circuito elétrico?


Circuito elétrico é o caminho fechado por onde circula a corrente elétrica.

É composto basicamente pelos seguintes componentes:
Fonte geradora;
Dispositivo de manobra;
Condutores;
            Consumidor (carga)

Tipos de Circuitos Elétricos

Circuito em Série:
 Neste circuito todos os consumidores estão sujeitos ao mesmo valor da intensidade da corrente elétrica, pois existe apenas um caminho (percurso) para a corrente.

Circuito em paralelo:
Neste circuito, todos os consumidores recebem o mesmo valor de tensão, ou seja, a tensão é constante para todas as outras cargas subseqüentes.

Circuito Misto:

É composto parte por um circuito em série, parte por um circuito em paralelo, ou seja: SÉRIE / PARALELO

O que é Capacidade térmica de um Equipamento?


Para o estudo da refrigeração, podemos definir capacidade térmica de um equipamento como à quantidade máxima de calor que um refrigerador consegue extrair a cada hora de trabalho dos produtos nele contidos.

            As unidades de medidas mais utilizadas para medir a capacidade térmica de um equipamento são: Quilocaloria por hora (Kcal/h), Unidade Térmica Britânica por hora (BTU/h) e a Tonelada de Refrigeração (TR) que é a quantidade de calor necessária para fundir em um dia, 1000Kg de gelo.

Calorimetria


Conjunto de métodos experimentais que objetivam medir a quantidade de calor recebida ou desprendida por um sistema quando este sofre uma transformação física ou química.
O corpo que recebe ou cede calor pode sofrer aquecimento, resfriamento ou mudança de estado. De acordo com estas mudanças provocadas temos dois tipos de calor: calor sensível e calor latente

Calor sensível

Calor Sensível é a quantidade de calor capaz de provocar variação na temperatura de uma substância sem provocar mudança de estado.

Calor latente


Enquanto uma substância que constitui um objeto não muda de estado, é correto dizer que sua temperatura aumenta quando recebe energia, na forma de calor. Durante a mudança de estado, entretanto, apesar de receber ou ceder energia, a temperatura da substância continua constante. A quantidade de calor necessária para provocar mudança de estado sem provocar variação de temperatura, desde que a pressão se mantenha constante, é denominada calor latente.

Vaporização


É a passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso mediante a absorção de calor ou queda da pressão a que esta substância está submetida. Conforme a maneira de se processar, a vaporização recebe nomes diferentes: Evaporação, Ebulição e Calefação.

Evaporação: É a passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso mediante um processo lento que se verifica apenas na superfície do líquido.  A evaporação pode ocorrer a qualquer temperatura em que esteja o líquido.

Ebulição: É a passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso mediante um processo tumultuoso, que se verifica em toda a massa líquida. A ebulição ocorre a uma determinada temperatura, chamada temperatura de ebulição. Esta varia de acordo com a pressão.

Calefação: É a passagem de uma substância do estado líquido para o gasoso mediante um processo rápido, numa temperatura superior à sua temperatura de ebulição.  É o que acontece, por exemplo, quando se joga água numa chapa de fogão bem aquecida.




O que é um Vacuômetro?


É um instrumento utilizado para medir vácuo.
Esse valor não pode ser medido com manômetros comuns. Nas pressões com valores abaixo de 1Torr ( 1 mmHg ) usam-se medidores eletrônicos de vácuo, que indicam pressões abaixo de 50mTorr.
Estes medidores eletrônicos são bastante sensíveis a variações de pressão, em função disto, deve-se evitar submete-los a pressões positivas, ou seja, realizar medições de pressões acima de 1 atm ( 0 psig).


Pressão

Definição

Pressão (P) é definida como uma distribuição média de uma força aplicada sobre uma determinada área.
Pode ser medida em uma unidade de força (F) dividida por unidade de área (A).

Pressão ATMOSFÉRICA

Pressão Atmosférica é a pressão exercida pela força que a camada de gases que formam a atmosfera terrestre exerce sobre a área de sua superfície.
É fato conhecido que a terra está envolvida por uma camada gasosa denominada atmosfera.

O primeiro a medi-la foi o físico italiano Evangelista Torricelli, a partir de uma experiência realizada ao nível do mar. Torricelli usou um tubo de vidro, com cerca de um metro de comprimento, fechado em um dos extremos. Encheu o tubo com mercúrio e tampou a extremidade aberta com o dedo.
Em seguida, inverteu o tubo e mergulhou-o em um recipiente também contendo mercúrio. Só então retirou o dedo do tubo.
Torricelli verificou que o mercúrio contido no tubo desceu até parar na altura de 76 cm acima do nível do mercúrio contido no recipiente aberto.
Por que todo o mercúrio do tubo não desceu para o recipiente? Simplesmente porque a pressão atmosférica, agindo sobre a superfície livre do mercúrio contido no recipiente, equilibrou a pressão exercida pela coluna de mercúrio contida no tubo.
Torricelli concluiu que a pressão atmosférica equivale à pressão exercida por uma coluna de mercúrio de 76cm de altura ao nível do mar para esse valor deu o nome de atmosfera, cujo símbolo é atm.
Assim, escrevemos:

O aparelho inventado por Torricelli foi denominado barômetro.
Posteriormente, foram realizadas várias experiências para medir a pressão atmosférica em diferentes altitudes e chegou-se à conclusão de que esta varia com a altitude. Nos lugares elevados, a pressão diminui; nos lugares mais baixos, aumenta. De fato, a cada 100m de variação na altitude, a pressão atmosférica varia 1cm de coluna de mercúrio.
A unidade mmHg é chamada Torricelli (Torr), então:
                                                     
Pascal repetiu a experiência de Torricelli usando água em lugar de mercúrio e verificou que a pressão atmosférica equilibra uma coluna de água de 10,33m de altura. Assim:
                                                    
Onde m.c.a significa metros de coluna d’água.

Pressão Relativa ou Manométrica

           
A Pressão Manométrica é determinada tomando-se como referência zero à pressão atmosférica local.

Pressão Absoluta

Pressão Absoluta equivale à soma da pressão relativa mais a pressão atmosférica. 

Pressão Negativa ou Vácuo

Em um sistema dizemos que a pressão é negativa ou que o sistema está em vácuo quando o valor da pressão relativa nesse sistema é menor que a pressão atmosférica.
A pressão atmosférica, equivale a 1 atm, 760mmHg, 760 Torr, 10,33m.c.a., 14,696 psi, 1,0133 bar, 1,033 Kgf/cm2 ou 29,92 inHg. Qualquer valor situado abaixo destes é considerado vácuo.

INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE PRESSÃO

Manômetro

É um aparelho utilizado para medir pressões manométricas (relativas). Por isso, a pressão registrada por esse instrumento é conhecida como pressão manométrica.

Conjunto Manifold

Quando se deseja medir pressão em sistemas de refrigeração em operações de manutenção utiliza-se um instrumento chamado Conjunto Manifold.

Esse instrumento é constituído de dois manômetros que apresentam ranges diferentes e correspondem respectivamente a um manômetro para baixa pressão e um manômetro para alta pressão conectados a um “barrilete”. Esse “barrilete” é conectado aos sistemas através de mangueiras especiais e possui registros manuais de abertura e fechamento que permite o controle de passagem sobre o fluido do sistema.



Termômetro

É um instrumento capaz de medir a temperatura dos corpos.


Tipos de termômetros

a)    Termômetro de líquido
Um dos termômetros mais utilizados é o de mercúrio. O mercúrio é utilizado porque pode ser obtido em ótimo estado de pureza, é opaco de coloração contrastante com o vidro que o envolve facilitando as leituras, dilata-se ou se contrai uniformemente em função da temperatura e apresenta no estado líquido um amplo intervalo térmico cujos extremos são –38°C e +360°C.
b)    Termômetro de pressão
Este tipo de termômetro utiliza o princípio de expansão de vapor saturado em um espaço confinado, constituído por um tubo de bourdon, fole ou diafragma, tubo capilar e bulbo, que sofre variação da pressão interna em função da temperatura produzindo um efeito mecânico em um conjunto de engrenagens mecânicas que indicarão os valores de temperatura em uma escala definida.
c)    Termopar
Em 1821, o físico alemão Thomas Seebeck descobriu que, juntando as pontas de dois fios de metais diferentes (ferro e cobre, por exemplo), e mantendo as junções em temperaturas diferentes, surgia uma corrente elétrica pelos fios.
Termômetros eletrônicos
Os termômetros eletrônicos baseiam seus sistemas de leitura e indicação das temperaturas nas variações de algumas propriedades termoelétricas dos materiais utilizados como sensores.
Estas propriedades, características, sofrem alterações conforme ocorrem mudanças de temperatura na substância a qual se deseja obter o valor de temperatura. Esta alteração é convertida através de sinais elétricos em lógica digital e indicada através de displays.

Observação: Temperatura é a medida do grau de agitação térmica das moléculas de um corpo, não depende do número de moléculas em movimento, mas sim da intensidade deste movimento. Quanto mais rápido o movimento das moléculas mais “quente” se apresenta o corpo e quanto mais lento o movimento das moléculas, mais “frio” se apresenta o corpo.
Termometria objetiva medir ao grau de agitação térmica das moléculas de uma determinada substância de acordo com a quantidade de calor recebida ou desprendida quando este sofre uma transformação física ou química.



Conceitos Básicos de refrigeração I

Calor

Definição:

Calor é a energia térmica que em trânsito de um corpo para outro devido uma diferença de temperatura entre eles.
O calor só passa espontaneamente do corpo mais quente para o mais frio.

Processos de transferência de calor

A transferência de calor é a passagem de energia térmica de um corpo para outro, ou de uma parte para outra em um mesmo corpo.
transferência de calor pode ocorrer segundo três processos distintos:
  • Condução;
  • Irradiação ou radiação;
  • Convecção.

Unidades de Medida de calor

No Sistema Internacional (SI) de unidades a quantidade de calor é medida em Joule (J). Entretanto, no campo da refrigeração, são usadas outras unidades, como a Caloria (cal) e a Quilocaloria (kcal) que possuem equivalência ao Joule. Nos países de língua inglesa é muito comum a utilização da unidade BTU (British Thermal Unit ou Unidade Térmica Britânica) como unidade.
As relações de equivalências entre as principais unidades de medida de calor são:
                1 kcal =3,968 BTU = 4,1858 J

Temperatura

Definição:

Temperatura é a medida do grau de agitação térmica das moléculas de um corpo.

Termometria

Objetiva medir ao grau de agitação térmica das moléculas de uma determinada substância de acordo com a quantidade de calor recebida ou desprendida quando este sofre uma transformação física ou química.
A medição do grau de agitação térmica das moléculas de uma substância não é obtida de forma direta e sim de forma relativa, comparando através de escalas o comportamento físico da substância a que se deseja medir a temperatura com uma segunda substância sensível às variações de temperatura chamada de substância termométrica.

Escalas de Termométricas

Escala Celsius

É definida atualmente com o valor 0 (zero) no ponto de fusão do gelo e 100 no ponto de ebulição da água. O intervalo entre os dois pontos está dividido em 100 partes iguais, e cada parte equivale a um grau Celsius.

  Escala Fahrenheit

Esta escala foi estabelecida pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit em 1724.
Na escala Fahrenheit, o ponto de fusão da água equivale ao número 32 da escala e o ponto de ebulição, ao nível do mar equivale ao 212. O intervalo entre esses pontos fixos está dividido em 180 partes iguais e cada uma dessas partes corresponde à variação de um grau fahrenheit.

 Escala kelvin

Com base na teoria dos gases, o físico inglês Lord Kelvin estabeleceu a escala absoluta, conhecida por escala kelvin ou termodinâmica.
Na escala kelvin, o ponto de fusão do gelo corresponde ao número 273,16 e o ponto de ebulição da água, ao nível do mar, ao número 373. O zero da escala kelvin é chamado zero absoluto, temperatura na qual supõe-se que as moléculas encontrar-se-iam em ausência de movimento, ainda não foi atingido na prática. O zero absoluto corresponde à temperatura de – 273,15ºC.
A partir de 1967, a unidade de temperatura grau kelvin (ºK) passou a ser chamada simplesmente kelvin (K).




INVENTOR DO AR CONDICIONADO MODERNO

Willis CarrierNasceu em 1876, no Condado de Erie (EUA).Tinha gosto por matemática e consertava os eletrodomésticos da mãe.Em 1895 conseguiu uma bolsa de estudos da Universidade de Cornell e se formou em 1901 em Engenharia Mecânica.Trabalhou na Buffalo Forge Company, empresa metalúrgica e iniciou experiências com o condicionamento de ar. O primeiro ar condicionado.Willis Carrier tentava resolver o problema da empresa gráfica Sackett-Williams, que, devido a umidade do verão de Nova York , o papel absorvia a umidade do ar, e dilatava, o que comprometia a qualidade de impressão. Em 17 de julho de 1902, foi criada a primeira unidade, a qual controlava não só a umidade, bem como a temperatura. Willis Carrier inverteu o processo de vapor, soprando o ar em bobinas com água ar fria, solucionando assim o problema, obtendo uma umidade adequada para o papel e impressão.Mais tarde, a tecnologia de Carrier foi aplicada para aumentar a produtividade nos postos de trabalho e a crescente procura daquela tecnologia levou à criação da empresa Carrier Air Conditioning Companyof America.


Como surgiu o sistema de refrigeração

O médico americano John Gorrie (1803-1855) trabalhava em Apalachicola, cidade portuária da Flórida, onde o clima era escaldante. Para melhorar as condições de marinheiros com febre amarela, ele pendurava sacos de gelo nas enfermarias. Mas o produto, retirado de lagos distantes congelados no inverno, era caríssimo. Por isso, o médico resolveu usar seus conhecimentos de físico amador. Em 1850, aos 47 anos de idade, ele criou um reservatório de água ligado a um pistão que, comprimindo e descomprimindo o ar, roubava o calor interno. Assim, em uma só tacada, Gorrie criou o sistema de refrigeração que daria origem ao ar-condicionado e à geladeira. No entanto, nenhum banco financiou o seu projeto. Os principais jornais americanos ridicularizaram o inventor. Gorrie morreu pobre e desacreditado em 1855. Cinco anos mais tarde, seu equipamento foi instalado com sucesso em navios, para transportar carne da Austrália até a Inglaterra.