Principais motivos pelos quais os compressores falham.

 O óleo lubrificante do compressor, em alguns tipos de compressores, é bombeado juntamente com o refrigerante. Se não houver um retorno deste óleo para o compressor, a falta de óleo fará com que o compressor se desgaste rapidamente, podendo ocorrer o seu travamento.  O óleo lubrificante pode reagir quimicamente com o fluido refrigerante. Isso ocorre quando o refrigerante e o óleo são quimicamente compatíveis, como por exemplo, o refrigerante R-134a e o óleo mineral. O óleo pode ficar "fino", isto é, tem sua viscosidade reduzida, o que também pode levar à falha acima citada.  A reação química do óleo com o fluido refrigerante também resulta na formação de ácidos, que por sua vez atacam quimicamente (reagem com) diversos materiais do compressor, como o esmalte que recobre a fiação do motor elétrico, as borrachas, plásticos e metais utilizados no corpo do compressor, etc. Obviamente, este ataque químico desgasta e destrói as peças, podendo levar a falhas.  A umidade (água) também pode reagir com os refrigerantes e com os óleos, formando ácidos, com as consequências acima descritas. Daí a importância de uma correta e eficaz desidratação do sistema (obtida através do processo de evacuação).  A entrada de refrigerante no estado líquido no compressor também pode procovar falhas. Se o líquido é succionado pela bomba do compressor, pode atingir as válvulas de sucção, ocasionando uma erosão (chamada golpe de líquido) que acaba por levar à quebra da válvula, tornando o compressor ineficaz ou mesmo travando-o.  Quando o compressor é submetido a altos diferenciais de pressão (diferença entre a pressão de sucção e a pressão de descarga do compressor), ele necessita dispender muito mais energia para o bombeamento do refrigerante. Quando isso ocorre, o motor elétrico que move o compressor começa a consumir muito mais energia elétrica, o que é traduzido pelo aumento da corrente no compressor. Para isso existe o relé de proteção contra sobrecarga: se a corrente no compressor aumenta muito, esse relé automaticamente desliga o compressor. No entanto, no caso de falha do relé, ou no caso de utilização de um relé inadequado (superdimensionado), o relé pode não desligar o compressor, o que pode levar a uma queima do motor elétrico (a fiação do motor superaquece, o esmalte protetor em torno do fio é destruído, e o fiação pode entrar em curto circuito).  Quando a temperatura de descarga do compressor está muito elevada, o compressor como um todo se superaquece, o que aumenta a possibilidade de reações químicas entre umidade, refrigerante e óleos lubrificantes, além de também poderem provocar uma degradação dos materiais do motor elétrico, podendo levar à queima. Quando o compressor está desligado, pode haver migração de refrigerante no estado líquido, da linha de sucção para a carcaça ou cárter do compressor. Esse refrigerante líquido mistura-se com o óleo. Isto pode fazer com que o óleo perca parte de sua capacidade de lubrificação, ficando "fino", o que, quando o compressor for religado, acabará por provocar maior desgaste no compressor.